segunda-feira, 15 de setembro de 2008

AS CORDAS DO VIOLINO

Era uma vez um grande violinista chamado Paganini, alguns diziam que ele era muito estranho, outros que era sobrenatural.
As notas mágicas que saíam do seu violino tinham um som diferente, por isso ninguém queria perder a oportunidade de ver o seu espectáculo.
Certa noite, o palco de um auditório repleto de admiradores, estava preparado para recebê-lo. A orquestra entrou e foi aplaudida, o maestro foi ovacionado, mas quando a figura de Paganini surgiu triunfante, o público delirou.
Breves e semibreves, fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias pareciam ter asas e voar com o toque daqueles dedos encantados. Paganini coloca seu violino no ombro e o que se assiste a seguir é indescritível, de repente um som estranho interrompe o devaneio da plateia, uma das cordas do violino de Paganini arrebenta.
O maestro parou, a orquestra parou, o público parou, mas Paganini não parou, olhando para sua partitura, ele continua a tirar sons deliciosos de um violino com problemas. O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar.
Mal o público se acalmou, um outro som perturbador desvia a atenção dos assistentes, outra corda do violino de Paganini rompe-se, o maestro parou de novo, a orquestra parou de novo, Paganini não parou.
Como se nada tivesse acontecido, ele esqueceu as dificuldades e avançou tirando sons do impossível, o maestro e a orquestra, impressionados voltam a tocar.
Mas o público não poderia imaginar o que iria acontecer a seguir, todas as pessoas ficaram pasmadas, gritaram OOHHH!, que ecoou pela abobadilha daquele auditório.
Uma terceira corda do violino de Paganini quebra-se.
O maestro pára, a orquestra pára, a respiração do público pára, mas Paganini não pára. Como se fosse um contorcionista musical, ele tira todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído, nenhuma nota foi esquecida, o maestro empolgado anima-se, a orquestra motiva-se, o público parte do silêncio para a euforia, da inércia para o delírio.
Paganini atinge a glória, o seu nome corre através do tempo, ele não é apenas um violinista genial, é o símbolo do profissional que continua diante do impossível.
MORAL DA HISTÓRIA
Eu não sei o tipo de problemas que você terá, pode ser um problema pessoal, conjugal, familiar, sei lá o que pode estar a afectar a sua auto-estima ou o seu desempenho profissional, mas uma coisa eu sei, nem tudo está perdido, ainda existe uma corda e é ao tocá-la que você exercerá o seu talento, ao tocá-la é que você irá vibrar.
Aprenda a aceitar que a vida lhe deixará sempre uma última corda. Quando você estiver desanimado, nunca desista, ainda existirá a corda da persistência inteligente, do "tentar mais uma vez ", do dar um passo a mais com energia renovada.
Desperte o Paganini que existe dentro de si e avance para vencer. A vitória é a arte de você continuar onde os outros resolvem parar. Quando tudo parece ruir, dê uma oportunidade a si mesmo e vá em frente, toque na corda da motivação e tire sons de resultados positivos.
Mas antes pergunte: quem motiva o motivador? Isto é: quem motiva seu cérebro, que motiva a sua mão que toca o seu violino?
Não se frustre, não se desespere, lembre-se: ainda existe a última corda, a do aprender de novo para deslumbrar e gerar soluções. Nunca a vida lhe quebrará todas as cordas. Se os resultados estão mal, é a sua oportunidade de tocar a última corda, a da imaginação que reinventa o futuro com inovação contínua. É sempre a corda esquecida que lhe dará o maior resultado.
Mas, se por acaso você estiver mesma no fundo do poço, esta é a sua oportunidade de tocar na melhor corda do universo:
ACREDITAR EM VOCÊ!!!

1 comentário:

Hermínia Nadais disse...

Não tenho palavras para exprimir o que sinto depois de ler este texto.
O partir contínuo das cordas ajuda-nos a crescer... a última corda faz-nos reviver.
Obrigada por mais este encantador ensinamento.