segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O SILÊNCIO E AS PALAVRAS


Há algumas coisas que são lindas demais para serem descritas por palavras. É necessário admirá-las em silêncio e contemplação para apreciá-las em toda a sua plenitude.
É necessário tão poucas palavras para exprimir a sua essência. As grandes falas servem frequentemente só para confundir ou doutrinar. O silêncio é frequentemente mais esclarecedor que um fluxo de palavras. Olhe para uma mãe diante do seu filho no berço. Ele consegue muito bem tudo o que quer, sem dizer nenhuma palavra.
Na realidade, as palavras devem ser a embalagem dos pensamentos. Não adianta fazer discursos muito longos para expressar os sentimentos do seu coração. Um olhar diz muito mais que um jorro de palavras.
Creio que, na sua grande sabedoria, a natureza deu-nos apenas uma língua e dois ouvidos para escutarmos mais e falarmos menos.
Se um texto não é mais bonito do que o silêncio, então é preferível não dizer nada. Esta é uma grande verdade sobre a qual os grandes dirigentes deste mundo deveriam meditar. Quanto mais o coração é grande e generoso, menos palavras se tornam úteis...
É necessário lembrar o provérbio dos filósofos: As verdadeiras palavras não são sempre bonitas, mas as palavras bonitas nem sempre são verdades.
As grandes mentes fazer com que, em poucas palavras muitas coisas sejam ouvidas. As mentes pequenas acham que têm, pelo contrário, a concessão para falar e não dizer nada.
Poucas palavras são necessárias dizer “Gosto de ti”, todas as outras que poderiam ser ditas são supérfluas...
Sim e não, são as palavras mais curtas e fáceis de serem ditas. Mas são aquelas que trazem as mais pesadas consequências
São necessários apenas dois anos para que o ser humano aprenda a falar e toda uma vida para que ele aprenda a ficar em silêncio.
Ser comedido com as palavras não é um defeito, mas uma prova de profunda sabedoria. Saber ouvir, também.

Florian Bernard