terça-feira, 30 de setembro de 2008

A PAZ QUE TRAGO NO MEU PEITO


A paz que hoje trago no meu peito é diferente da paz que um dia sonhei ...
Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção.
Todavia, o tempo vai-nos mostrando que a paz é o resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.
A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...
Ter paz é ter a consciência tranquila, é ter certeza de que se fez o melhor ou pelo menos, se tentou...
Ter paz é assumir as responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem.
Ter paz é ter um coração que ama...
Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que nas suas água se espreguiçam...
Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas.
Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer não, quando é não que se quer dizer...
Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade...
Ter paz é ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...
Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências...
A paz que hoje trago no meu peito é a tranquilidade de aceitar os outros como são e a disposição para mudar as próprias imperfeições.
É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insectos...
É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo.
É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra.
É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.
A paz que hoje trago no meu peito é a confiança naquele que criou e governa o mundo...
A certeza da vida futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a elas tiver oferecido.
Às vezes, para manter a paz que hoje mora no teu peito, é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio.
Lembra-te de usar o silêncio:
Quando ouvires palavras infelizes.
Quando alguém está irritado.
Quando a maledicência te procura.
Quando a ofensa te golpeia.
Quando alguém se irrita.
Quando a crítica te fere.
Quando escutas uma calúnia.
Quando a ignorância te acusa.
Quando o orgulho te humilha.
Quando a vaidade te provoca.
O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A DIFERENÇA ENTRE A FORÇA E A CORAGEM


É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para baixar a guarda.
É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para ter dúvida.
É preciso ter força para se manter em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar.
É preciso ter força para ficar sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para viver.
Se você sente que lhe faltam a força e a coragem, queira Deus que o mundo possa abraçá-lo hoje com Calor e Amor!
E que o vento possa levar uma voz que lhe diz que há um Amigo, vivendo num outro lado do Mundo, desejando que você esteja bem e seja feliz.

domingo, 28 de setembro de 2008

MINUTOS DE SEBEDORIA

Procure dar o mais que puder...
Uma boa palavra...
Um sorriso...
Um gesto de incentivo...
Um pensamento generoso...
E você há-de sentir no seu coração a grande verdade: É muito melhor dar que receber!
Ainda não percebeu isto?
Exprimente então!
Ajude alguém desinteressadamente e observe como lhe virá bater à porta, com as mãos cheias de alegria, a maior felicidade que você possa conhecer na sua vida:
A Felicidade de Dar!

sábado, 27 de setembro de 2008

terça-feira, 16 de setembro de 2008

CAMINHANTE

Caminhante, estou contigo...
anda de braço comigo
que a distância não afasta,
vivemos a mesma lida
vagueando pela vida
pouco do mundo nos basta!


Ir de encontro à humanidade
é nossa realidade
que a “gente” não compreende,
com tudo o que construímos
altos e baixos sentimos
já nada nos surpreende!


Ó meu irmão Caminhante
tens coração confiante
tua força arrasta montanhas,
destruído por ralés
mostras agora o que és
no mais fundo das entranhas!


Subi contigo ao “Tibete”!
Parti as minhas amarras!


Busco-me a toda a hora
sonhando ir por aí fora
numa aventura constante,
com verdade podes crer
com tudo o que acontecer
como tu sou caminhante!


Poema da minha amiga Hermínia Nadais
Poetisa, sensível e uma mulher excepcional.
(http://herminianadais.blogspot.com/)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

CARROÇA VAZIA

Certa manhã, o meu pai convidou-me para dar um passeio pelo bosque e eu aceitei com prazer.
Ele deteve-se numa clareira e depois de um pequeno silêncio perguntou-me:
- Além do cantar dos pássaros, estás a ouvir mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou a ouvir o barulho duma carroça.
- Isso mesmo, disse o meu pai. É uma carroça vazia...
Perguntei ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora, respondeu o meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça está, maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa a falar demais, a gritar e a intimidar, prepotente, inoportuna, interrompendo a conversa de toda a gente, querendo demonstrar que é dona da razão e da verdade absoluta, ou quando eu, por distracção, me vejo prestes a fazer o mesmo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
“Quanto mais vazia a carroça está, mais barulho ela faz…”
Pensem nisto…

(Desconheço o autor, mas é uma realidade...)

AS CORDAS DO VIOLINO

Era uma vez um grande violinista chamado Paganini, alguns diziam que ele era muito estranho, outros que era sobrenatural.
As notas mágicas que saíam do seu violino tinham um som diferente, por isso ninguém queria perder a oportunidade de ver o seu espectáculo.
Certa noite, o palco de um auditório repleto de admiradores, estava preparado para recebê-lo. A orquestra entrou e foi aplaudida, o maestro foi ovacionado, mas quando a figura de Paganini surgiu triunfante, o público delirou.
Breves e semibreves, fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias pareciam ter asas e voar com o toque daqueles dedos encantados. Paganini coloca seu violino no ombro e o que se assiste a seguir é indescritível, de repente um som estranho interrompe o devaneio da plateia, uma das cordas do violino de Paganini arrebenta.
O maestro parou, a orquestra parou, o público parou, mas Paganini não parou, olhando para sua partitura, ele continua a tirar sons deliciosos de um violino com problemas. O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar.
Mal o público se acalmou, um outro som perturbador desvia a atenção dos assistentes, outra corda do violino de Paganini rompe-se, o maestro parou de novo, a orquestra parou de novo, Paganini não parou.
Como se nada tivesse acontecido, ele esqueceu as dificuldades e avançou tirando sons do impossível, o maestro e a orquestra, impressionados voltam a tocar.
Mas o público não poderia imaginar o que iria acontecer a seguir, todas as pessoas ficaram pasmadas, gritaram OOHHH!, que ecoou pela abobadilha daquele auditório.
Uma terceira corda do violino de Paganini quebra-se.
O maestro pára, a orquestra pára, a respiração do público pára, mas Paganini não pára. Como se fosse um contorcionista musical, ele tira todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído, nenhuma nota foi esquecida, o maestro empolgado anima-se, a orquestra motiva-se, o público parte do silêncio para a euforia, da inércia para o delírio.
Paganini atinge a glória, o seu nome corre através do tempo, ele não é apenas um violinista genial, é o símbolo do profissional que continua diante do impossível.
MORAL DA HISTÓRIA
Eu não sei o tipo de problemas que você terá, pode ser um problema pessoal, conjugal, familiar, sei lá o que pode estar a afectar a sua auto-estima ou o seu desempenho profissional, mas uma coisa eu sei, nem tudo está perdido, ainda existe uma corda e é ao tocá-la que você exercerá o seu talento, ao tocá-la é que você irá vibrar.
Aprenda a aceitar que a vida lhe deixará sempre uma última corda. Quando você estiver desanimado, nunca desista, ainda existirá a corda da persistência inteligente, do "tentar mais uma vez ", do dar um passo a mais com energia renovada.
Desperte o Paganini que existe dentro de si e avance para vencer. A vitória é a arte de você continuar onde os outros resolvem parar. Quando tudo parece ruir, dê uma oportunidade a si mesmo e vá em frente, toque na corda da motivação e tire sons de resultados positivos.
Mas antes pergunte: quem motiva o motivador? Isto é: quem motiva seu cérebro, que motiva a sua mão que toca o seu violino?
Não se frustre, não se desespere, lembre-se: ainda existe a última corda, a do aprender de novo para deslumbrar e gerar soluções. Nunca a vida lhe quebrará todas as cordas. Se os resultados estão mal, é a sua oportunidade de tocar a última corda, a da imaginação que reinventa o futuro com inovação contínua. É sempre a corda esquecida que lhe dará o maior resultado.
Mas, se por acaso você estiver mesma no fundo do poço, esta é a sua oportunidade de tocar na melhor corda do universo:
ACREDITAR EM VOCÊ!!!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

PALAVRAS QUE SÃO PUNHAIS

Existem quatro coisas na vida que não se podem recuperar:
1 – As palavras depois de proferidas…
2 – As pedras depois de atiradas…
3 – A ocasião depois de perdida…
4 – O tempo depois de passado… (Frei Betto)


A vida traz-nos muitas surpresas, por vezes algumas inesperadas e desagradáveis.
De repente, entre a acalmia de uns dias bem passados, nasce uma chama de violência que vem alterar todo um sentido de vida e de comunhão entre pessoas.
Sempre ouvi dizer e partilho plenamente dessa ideia, que a família é a que temos sem a podermos escolher, mas os amigos, esses temos o livre arbítrio de escolha… e é nesta opção de vida que magoa ainda mais quando somos “feridos”.
Ninguém é igual a ninguém, cada um tem o seu carácter e a sua personalidade, mas todos nós devemos pensar bastante antes de falarmos, principalmente se for para acusar…
As palavras depois de proferidas são piores que pedras atiradas, que ocasiões perdidas, que tempo irrecuperável.
Deixam feridas na alma e dor no coração, as feridas cicatrizam e a dor atenua, mas as palavras foram ditas e quando são proferidas por pessoas em quem criamos grandes expectativas e amigos de longos anos, mesmo cicatrizadas as feridas continuam a doer.
Reconheço quando as pessoas acham que estou a mais, têm esse direito e retiro-me, só sou feliz onde sou bem aceite.
Mas que magoa, magoa… e muito.

Caminhante